Com a “Vinda do Espírito”, concluímos o tempo pascal. Pentecostes era uma festa judaica, celebrada 50 dias após a Páscoa. Inicialmente, era uma festa agrícola em agradecimento a Deus pelas colheitas. Depois passou a ser a celebração da Aliança, o dom da lei no Sinai, acompanhado de trovões, relâmpagos, trombetas, vento forte… A 1ª Leitura (At 2,1-11) e o Evangelho (Jo 20,19-23) descrevem o Pentecostes cristão. Lucas mostra que o Espírito é a lei da nova Aliança (Amor) e que, por ele, se constitui um novo povo de Deus. O fato das línguas nos faz lembrar a Torre de Babel (Gn 11): lá ninguém se entendia mais, aqui acontece o contrário. A Igreja é a comunidade que nasce de Jesus, animada pelo Espírito e chamada a testemunhar à humanidade o projeto de amor do Pai. João pôs o Dom do Espírito Santo no dia da Páscoa. Os Sinais (“anoitecer”, “portas fechadas”, “medo”) revelam a situação de uma comunidade desamparada e insegura. Jesus aparece “no meio deles” e lhes deseja a “paz”. Confia a Missão: “Como o Pai me enviou, eu vos envio”. “Soprou” sobre eles e falou: “Recebei o Espírito Santo”. Nessa perspectiva, Páscoa e Pentecostes são partes do mesmo acontecimento. Para Paulo (1Cor 12, 3b-712-13), a Igreja é o “Corpo Místico de Cristo”. Apesar da diversidade dos membros e das funções, o Corpo é um só, mas é o mesmo Espírito que alimenta e dá vida a esse corpo. Em nossa vida houve um Pentecostes: a Crisma, que é quando recebemos a plenitude do Espírito Santo para cumprir nossa missão. Estamos deixando o Espírito agir em nós para revelar Jesus a todos? VEM ESPÍRITO SANTO!