O fim do mundo será a grande maturidade humana, quando atingiremos a consciência de Cristo; então, seremos seu ‘corpo glorioso’ e Ele será tudo em todos

34ª Semana do Tempo Comum
quinta-feira, 24/11/22

Na Liturgia desta quinta-feira, 34ª Semana do Tempo Comum, vemos na 1a Leitura (Ap 18, 1-2.21-23;19,1-3.9a), que o Evangelho desmascara e desfaz a confusão da cidade idolátrica, que no tempo era Roma, símbolo do paganismo e da tirania. A causa da ruína é a idolatria. Assim como a pedra desaparece na água, também a cidade idolátrica desaparece frente ao anúncio do Evangelho. A vitória de Deus é radical.

O texto mostra, também, que Deus manifesta sua glória, poder e salvação, ele faz justiça, reabilitando a honra dos perseguidos e mártires.

No Evangelho (Lc 21, 20-28), Jesus nos previne quanto ao fim de um mundo, não do fim do mundo. As comunidades cristãs estavam vivendo uma conturbação social e, também, o templo fora destruído, ano 70 d.C. Para despertar a esperança e dar coragem diante de tal situação, o autor bíblico usa uma linguagem apocalíptica: imagens e mensagens fortes, catástrofes etc.

Com esse discurso escatológico, Jesus quer enfocar que as hostilidades e o mundo caótico devem ser destruídos. É o momento do julgamento de Deus sobre a história, pois cada um deve oferecer o melhor de si mesmo. Será a vitória do bem, o mundo se transformará em cosmos (belo) novamente, onde deverá ocorrer a morte da “Pessoa Velha” para ressurgir a “Pessoa Nova”, começo de uma nova era, preparando, assim, a sua segunda vinda.

Jesus nos diz para permanecer vigilantes, pois a sua segunda vinda será gloriosa. Portanto, devemos permanecer animados, confiantes e em oração, pedindo constantemente: “Venha a nós o vosso Reino”.

A vinda de Jesus não deve ser temida, ele já está conosco na Eucaristia, na vivência do amor, nos gestos de acolhimento e solidariedade, enfim, “Ele é o mesmo: ontem, hoje e sempre, cheio de misericórdia”. O fim do mundo será a grande maturidade humana, quando atingiremos a consciência de Cristo; então, seremos seu ‘corpo glorioso’ e Ele será tudo em todos.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.

 


Padre Leomar Antonio Montagna é presbítero da Arquidiocese de Maringá, Paraná. Doutorando em Teologia e mestrado em Filosofia, ambos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR – Câmpus de Curitiba. Foi professor de Teologia na Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – Cascavel, do Curso de Filosofia da PUCPR – Câmpus Maringá. Atualmente é Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Sarandi PR.