Durante séculos a estrela de Belém tem sido motivo de especulação e curiosidade por parte do povo cristão. Alguns intelectuais buscaram na ciência uma explicação para entender que estrela foi aquela que iluminou a noite de natal, segundo a Bíblia (cf. Mt 2).
A primeira hipótese para explicar a estrela de Belém foi apresentada por um famoso filósofo da Igreja, Orígenes (séc III). Para ele o que brilhou no céu de Belém foi um cometa, visível na noite do nascimento de Jesus. Em 1682, O célebre físico, Edmond Halley, a partir de estudos, concluiu que um cometa aparece nos céus a cada 75 anos. Este foi denominado Halley. Para alguns estudiosos, este cometa teria sido avistado nos céus por ocasião do nascimento de Jesus.
Outra hipótese bem conhecida foi levantada no século XVII por Kleper. Segundo ele, o que guiou os magos não foi uma estrela, mas sim dois planetas muito próximos. Essa conjunção planetária foi visível em 1603, quando foi possível ver os planetas Júpiter e saturno muito próximos, como se fosse uma bola de luz a iluminar os céus. Essa conjunção planetária acontece a cada 800 anos. Kepler fez os seus cálculos e julgou ter encontrado a explicação para a estrela que guiou os magos na noite de natal.
Essas e outras especulações alimentaram a curiosidade do povo cristão por muito tempo. Ora, Se aquela estrela celeste tivesse poder de levar as pessoas até Belém, também teria levado o rei Herodes e todos os poderosos de Jerusalém, apenas a 8 km de distância. Atualmente os estudiosos da Bíblia acreditam que o evangelista Mateus recorreu a história da estrela como símbolo da fé.
O que na verdade não brilhou na vida de Herodes e o dos poderosos de Jerusalém foi justamente a estrela da fé, sem a qual ninguém vai até Jesus. E foi essa estrela que moveu os magos até Belém, apresentados por Mateus como os primeiros adoradores, que deixaram tudo para ir adorar o salvador do mundo. Essa é a estrela que deve brilhar na vida do cristão: a fé.
Padre Gilson José Dembinski, é graduado em Teologia, Filosofia. Especialista em Psicologia Pastoral, Teologia Bíblica e Ensino Religioso, Orientação Espiritual, Parapsicologia Clínica e Hipnoterapia. Formação profissionalizante: Introdução à mágica.