Reflexão litúrgica:
Quarta-feira, 30/06/2021
13ª Semana do Tempo Comum
Na Liturgia desta quarta-feira da XIII Semana do Tempo Comum, vemos, na 1a Leitura (Gn 21,5. 8-20), que o nascimento de Isaac, ‘filho da promessa’, é um desafio à natureza e à compreensão humana. “Para Deus nada é impossível”. O plano de Deus se realiza através e além das fraquezas humanas.
Enquanto a escrava Agar se coloca à distância para não ouvir os gritos do filho prestes a morrer, Deus ouve esse grito e se apresenta para salvar. Deus está aberto para ouvir os clamores de todos os povos e encaminhá-los para a vida.
No Evangelho (Mt 8,28-34), vemos que a vitória de Jesus sobre o mal é sinal luminoso de que o Reino de Deus é realidade já presente no mundo. Em terra estrangeira, Jesus se encontra com pessoas que carregam, de forma profunda, muitos efeitos e formas da dominação. Sua intervenção libertadora envia os poderes do mal para o fundo do mar, recordando o destino do exército egípcio que perseguia os hebreus liderados por Moisés. Mas há tantos tão acostumados com a dominação, que não suportam que alguém como Jesus permaneça entre eles. Jesus é salvação para quem o aceita, não para quem, conhecendo-o, quer que se afaste do seu território. A salvação exige decisão pessoal.
É dramático que os demônios sintam que Cristo lhes desbarata as forças, e os homens libertados por ele não o reconheçam como salvador. Jesus é expulso como indesejável. Abrira o caminho para Deus, que os demônios não mais podiam obstruir, mas os homens se recusam a percorrê-lo, antes procuram persegui-lo e leva-lo à morte.
Ainda hoje muitíssimos ignorem a existência do demônio e seu influxo no mundo, o mal moral que se difunde terrivelmente não pode deixar de impressionar. O cristão sabe que a vitória de Cristo será completa no fim dos tempos, quando todos os homens tiverem combatido e triunfado juntamente com ele. Somos chamados a lutar, serena, mas constantemente, contra o mal, antes de tudo contra o que sentimos dentro de nós. Cristo Jesus não nos deixará faltar sua força.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.