A Liturgia nos fala da unidade profunda dos discípulos com o Ressuscitado, através da imagem da videira verdadeira. A 1a Leitura (At 9,26-31), fala de Paulo que, depois de três anos de conversão, vai a Jerusalém para se encontrar com Pedro e se integrar à comunidade. A comunidade o acolheu bem e ele “permaneceu” unido a Cristo e à comunidade. Quantas vezes, diante dos desafios da comunidade, somos tentados a abandonar tudo e viver longe das pessoas?! Mas nenhum motivo deve nos levar a romper com a unidade, pois a nossa contribuição é essencial na edificação do Corpo Místico de Cristo, a Igreja.
Na 2a Leitura (1Jo, 3,18-24), João ensina que a nossa fé se manifesta através das obras de amor. Permanecendo unidos a Cristo, circulará também em nós a sua vida (seiva). No Evangelho (Jo 15,1-8), Jesus afirma “Eu SOU a Videira Verdadeira”; verdadeira, como oposição à videira “falsa” que produziu uvas azedas, decepcionando o Senhor (Is 5, 1-4). Cristo é o tronco, nós somos os ramos e o Pai é o Agricultor que cuida da videira e poda os ramos para produzirem sempre mais. Para dar frutos, os “ramos” precisam da seiva da videira, que é Cristo, pois “sem mim nada podeis fazer”, sem Ele nos tornaremos ramos secos e estéreis. E a poda, sem a qual a videira poderá ter muita folha e pouco fruto.
Temos acolhido as podas que Deus realiza em nós? Como temos permanecido nesta videira verdadeira? Hoje, Cristo continua produzindo frutos, que agradam ao Pai, por meio dos cristãos de nossas comunidades, que “permanecem” sempre unidos a Ele.