Permanecer no mundo

 

Os discípulos aceitam a missão de transformar a sociedade, mas sabem que “o mundo possível” está marcado pela fragilidade da liberdade humana e pela convivência entre o egoísmo e o pecado por um lado e o amor perfeito e a servidão, por outro.

Assim, a transformação do mundo se realiza na história com toda a sua vicissitude. Jesus Cristo, ao instituir a Eucaristia, comunicou aos discípulos que permanecessem no mundo, “sem ser do mundo” (Jo 17,15 e 16). Pediu ao pai que não os tirasse do mundo, mas os preservasse do mal. A permanência dos discípulos no mundo, uma vez perdoados, é um ato de amor. Somos, a exemplo de Cristo, chamados a levar adiante o plano divino de “amar com amor gratuito” e suscitar a conversão dos que captam o amor e oferecer a própria vida, pela salvação dos que não captam o amor. Esta oferta é a “forma eucarística” de uma vida toda oferecida com Cristo por amor.