Certamente você já parou para pensar no milagre que é a gestação e em seus mistérios. Óvulo e espermatozóide se transformando diversas vezes e rapidamente tomam a forma humana que cresce e se desenvolve na escuridão protetora do útero…
O embrião se alimenta dos nutrientes trazidos pelo sangue da mãe, o corpo da mãe se modifica inteiro para atender as necessidades desse novo integrante da família.
Assim a vida se faz e essa relação entre mãe e filho será para sempre sagrada.
Foi a primeira relação que você, quando bebê teve com o mundo externo, primeiro a mãe. Depois o bebê começa a perceber que a família é composta de outros integrantes. O importante papel do pai neste início é proteger e manter a ordem enquanto a mãe se recupera do parto e amamentação.
Se pararmos para pensar na nossa mãe agora que somos adultos, o que nos resta de lembranças? Quais imagens internas temos dela? Pare um momento e tente se lembrar…
Em geral, a grande maioria dos adultos, quando recorre às imagens internas de suas mães, não conseguem chegar a dez imagens, dez lembranças… Mas porquê isso acontece sendo essa relação tão importante para nossa vida?
Porque alguns adultos estão cheios de restrições: O dia a dia, as obrigações, a rotina, nos afasta do amor original e essencial e nos tornamos duros de coração. Temos restrições em relação aos nossos superiores, aos nossos chefes, não gostamos desse ou daquele vizinho, não gostamos do nosso trabalho… As relações familiares nem sempre se mantém em bom estado e a vida começa a ficar densa… Por mais que trabalhamos, o dinheiro parece pouco e ficamos cada vez mais escassos, os problemas se reproduzem…
Às vezes chegamos ao ponto de achar que a vida não vai pra frente. Nesse momento é bom parar e olhar para trás. Se as folhas não estão bem, devemos olhar se as raízes.
Se você se encontra de alguma forma nesse processo, proponho um exercício:
Feche os olhos e olhe para a sua mãe, procure uma imagem dela em seu coração, pense numa foto ou lembre-se da imagem dela, na última vez que a viu.
Olhe, imaginativamente, para os olhos dela e experimente dizer:
_“Você é a mãe e eu sou o filho/a filha”.
_“Você é grande e eu sou pequena/pequeno”.
E agora imagine-se bem pequeno, bem pequena na frente dela, respire fundo e imagine-se olhando em seus olhos, diga:
_ “Querida mamãe, sinto muito”. “Você fez muito por mim”.
_ “ Eu te vejo, você faz parte”.
Respire devagar e solte o ar:
_ “Eu te amo. É seguro você ser quem você quiser ser agora”.
_ “Por favor me libere para eu fazer diferente e me sentir seguro, segura sendo quem sou”.
_ “Por favor me libere para eu fazer do meu jeito”.
Respire devagar e solte o ar:
_ “Sei, mamãe, que você me deu mais do que eu posso retribuir e aceito isso como um presente especial”.
_ “Seguirei o meu caminho”.
- “Agora, mais do que nunca, vou fazer algo de bom com a vida que você me deu”.
- “Agradeço”.
Mãe é a porta que se abre para nos trazer à Vida.
Faz-se necessário reconciliar-se primeiro com a mãe, para que outras portas da Vida voltem a se abrir…
Lembrando que Porta é um local para se passar, se reclamamos da porta, ali ficamos não evoluímos… Com este simples exercício é possível reconhecer a grandeza dessa porta e vislumbrar o caminho que ainda há que se caminhar…
Se você quiser ver um resultado ainda mais profundo, escreva uma carta para sua mãe copiando estas palavras e acrescentando o que você gostaria de ter dito e nunca disse, acrescentando o amor que você não deixou chegar até ela. Isto te ajudará a encontrar um caminho de humildade frente a grandeza de alguém que colocou a vida em risco, para que a sua progredisse.
E além disso, você estará em ordem, obedecendo o mandamento do Senhor que nos diz: Honrai pai e mãe.
Nos vemos na semana que vem: Márcia Oliveira
Márcia Oliveira possui quatro Formações em Constelação Familiar e está cursando o nível Avançado nesta área. Fez Formações também em Programação Neurolinguística (PNL), Hipnose Ericksoniana, Psicogenealogia, Eneagrama, Acess Consciencious, Análise de Capacidade Cognitiva e outras Terapias Holísticas.