Evangelho Mt 6,7-15

Após termos lido e meditado este trecho do evangelho poderemos nos perguntar: “Se nosso Pai sabe o que nos é necessário antes que lho peçamos, para que rezar? Não são poucas as vezes que fazemos esse questionamento…rezar ao nosso criador é reconhecer a nossa dependência e aceitar com humildade que somos criaturas suas pois foi Ele quem nos fez à sua imagem e semelhança e é Ele quem nos sustenta na existência. Se é assim, é evidente que o Senhor conhece as nossas necessidades e tudo aquilo que precisamos para realizarmos aqui a missão que Ele nos confiou. Diante dessa verdade tão consoladora, devemos agradecer sem cessar!

Jesus nos ensina a rezar. Nos indica o espírito e a atitude interior que devem acompanhar a prece. Oração, mais do que dizer coisas, é adotar uma atitude de pobreza, de dependência radical. É dispor-se a receber, a escutar, a responder na obediência ao chamado do Pai. É, portanto, uma relação de Filho para o Pai.

A oração cristã é a oração de Cristo, comunicada a nós pela infusão do Espirito Santo. Para isso Cristo envia o “Espírito de filiação que nos faz exclamar: Abba, pai…que intercede por nós com gemidos inexplicáveis” (Rom 8, 14-26).

A oração pessoal e comunitária é o lugar onde o discípulo, alimentado pela palavra e pela eucaristia, cultiva uma relação de profunda amizade com Jesus Cristo e procura assumir a vontade do Pai. A oração diária é sinal do primado da graça no caminho do discípulo missionário. Por isso, é necessário aprender a orar, voltado sempre a aprender essa arte dos lábios do Mestre.