Paz e bem!
Hoje nos é proposto a leitura das bem-aventuranças, segundo Lucas. Trago aqui alguns apontamentos para a reflexão pessoal.
Primeiramente, diferente de Mateus, Lucas relata que Jesus fez o ensinamento da felicidade, das bem-aventuranças, na Planície. Trata-se não de um lugar de destaque como a montanha, mas do lugar do plantio, da fertilidade, do trabalho, dos caminhos. Jesus é um com os seus.
Outro aspecto importante relatado pelo evangelista é que logo após ter chamado os seus discípulos, o primeiro ensinamento de Jesus a eles é sobre o ser feliz, sobre as bem-aventuranças. Na forma de pensar de Judeus e de gregos, o que vem primeiro é o mais importante. Com o ensinamento das bem-aventuranças, como primeiro ensinamento aos discípulos, o Evangelista quer dizer que esse é o mais importante dos ensinamentos, é como que a introdução ao discipulado. Ser discípulo de Jesus é ser feliz, segundo esse ensinamento. O que vem depois é desdobramento.
Ainda precisamos estar atentos a que as felicidades proclamadas por Jesus trazem também o que é a oposição a ser bem-aventurado, e a oposição são os ais.
Com essa pregação sobre a felicidade Jesus inverte a lógica da pregação religiosa e cultural da época e da nossa época, pois proclama felizes os pobres, os que têm fome, os que choram, os que são odiados, rejeitados, insultados, amaldiçoados por causa dele. Proclama também como dignos de pena os ricos, os saciados, os que riem, os que são elogiados. Portanto, a lógica religiosa, econômica e social do Reino de Deus é diferente da lógica de outros reinos. Por que será? O que isso tem a dizer para nós do Brasil no nosso contexto político, social, religioso?
O que Jesus está dizendo a mim e a você?
Que o Espírito Santo nos ajude a, refletindo a Palavra de Jesus, nos colocarmos cada dia mais no Reino de Deus. Amém!