Caros irmãos e estimadas irmãs!
A presença de Jesus e suas ações repercutem diferentemente nas pessoas. No trecho do Evangelho de hoje Jesus estava realizando uma ação milagrosa: expulsando um demônio. Para quem vivia atormentado pelo demônio a expulsão dele, pela força divina de Jesus, deve ter causado um grande alívio na vida, uma grande alegria!
Quando alguém se opõe ao estilo de agir de uma pessoa boa as ações boas que realiza torna-se motivo de críticas e julgamentos para destruir sua pessoa e desacreditar suas ações. A alegria que Jesus causou gerou tristeza e raiva nos seus adversários. Jesus de Nazaré experimenta em sua própria pessoa essa realidade, de pessoas que não gostavam dele nem de suas ações. Eles nunca estavam satisfeitos com a pessoa de Jesus, com o seu estilo de viver e conviver com as pessoas, de curar as pessoas de suas doenças.
Mas Jesus não se intimida com os julgamentos de seus adversários. Seguem trabalhando para a implantação do Reino de seu Pai. Segue fazendo bem as suas ações, curando os doentes, perdoando os pecadores, defendendo os mais fracos, convivendo com as pessoas consideradas pecadoras.
Jesus está próximo das pessoas que sofrem, por isso, as cura, movido pelo imenso que Deus tem para com elas. O Reino de Deus é o Reino da Vida, do Perdão, do Amor Misericordioso. Como esse Reino de Deus se compactuaria com o reino da morte, da injustiça, do demônio? É impossível!
Diante de Jesus fazemos nossa escolha: ficar com Ele e colocar contra Ele. Opor-se à pessoa de Jesus e suas ações é aliar-se ao projeto da injustiça. Nos nossos dias Jesus continua realizando muitas ações boas através de seus seguidores e seguidoras, dos missionários e das missionárias. Realmente acontecem muitas coisas boas: obras de solidariedade aos desassistidos, aos moradores de ruas, aos sem-casas, aos abandonados. É a presença de Jesus em nosso mundo. Como na época de Jesus que realiza essas obras são criticadas, perseguidas e ameaçadas.
Na atualidade muitos que se dizem cristãos que se opõe ao Projeto de Deus. São aliados aos projetos das injustiças e do extermínio dos povos mais fracos. O fato de sermos batizados e termos recebidos os sacramentos da Igreja não nos garante que sejamos bons/boas discípulos (as) missionários (as) de Jesus. O processo de tornar-se participante do Reino de Deus exige de nós uma conversão radical e profunda. A nossa conversão nos tornará defensores da vida humana, dos fracos e necessitados. A vida de Jesus é o manancial de uma vida nova. Ele, nosso Mestre escolheu estar ao lado do pobre e fraco, necessitado da bênção e graça de se Pai e nosso Pai.
Jesus de Nazaré quis transformar a vida humana e a sociedade cheia de preconceitos e maldades. Quando olhamos para o nosso mundo atual vemos muitas injustiças. Vemos pessoas poderosas matando os pobres continuamente.
Irmãs e irmãos!
Temos que nos espantar com isso! Não é normal desrespeitar a vida humana. Nós temos que reagir aos sistemas governamentais que geram a morte. Temos assumir atitudes corajosas de defesa da vida humana. Peçamos ao próprio Jesus que aumente em nós a Fé e o Amor misericordioso. Sem uma conversão profunda, que brota das entranhas do nosso ser não acontecerá mudança na nossa vida e na nossa convivência.
Peçamos a Jesus que nos liberte dos demônios que invadiram o nosso ser e que geram atitudes desumanas em nossas famílias e sociedade. Só o Amor de Deus é remédio para os pecados que nos machucam. Tendo experimentado o Amor de Deus em nossa vida nos tornaremos pessoas de bem, que praticam a justiça, o amor, que defendem o necessitado.