Conhecer Jesus é o sentido da vida cristã, um desafio quando a prática da fé se dá mais pela tradição e cultura, que de fato uma decisão pessoal e consciente. Ser cristão é ser discípulo, o discípulo é aquele que está permanentemente conhecendo o Mestre. Assim, conhecer Jesus é condição para amá-lo, segui-lo e servi-lo.
A realidade cultural e eclesial denuncia, que muitos dos que se dizem cristão, não conhecem Jesus de fato. Isso explica como encontrar em pessoas denominadas cristãs comportamentos tão contrários ao Evangelho. Por não conhecer Jesus, sua pessoa seu projeto e seus valores, muitas pessoas não sentem nenhum constrangimento e assumir posturas totalmente contrárias as de Jesus. Daí a urgência de reconhecermos a realidade apontada no Documento de Aparecida: “Somos uma multidão de batizados, não evangelizados…
Nossa Igreja corre o risco de promover muitas práticas, serviços, organizações, planos e estruturas, mas não realizar o essencial levar as pessoas a conhecerem Jesus. Se nesse tempo de pandemia falamos que devemos buscar o essencial, devemos tomar consciência de que é essencial que o cristão conheça Jesus. Sei que muitos vão reagir dizendo: Todos conhecem Jesus. Ele é a pessoa mais conhecida da história, sobre Ele existem milhares de livros, a Bíblia, músicas, obras de arte, pesquisas cientificas e uma infinidade de informações. Mas se tomamos a pergunta que Jesus dirigiu a seus discípulos: E vocês quem dizem que eu sou? Se formos honesto com nossa consciência, saberemos diferenciar as informações que sabemos sobre Jesus, diferente das milhares de informações que existem sobre Ele.
Aparecida diz que o discípulo missionário nasce do encontro pessoal com Cristo. O Discípulo missionário é o batizado que vive uma adesão profunda a pessoa de Jesus Cristo, não está vinculado a Igreja apenas formalmente, por sacramentos ou uma rotina. Nossas comunidades devem ser lugar de encontro, encontro de irmãos e encontro com Cristo. Precisamos conhecer e tornar conhecido a Cristo no mundo. Como disse o Papa Bento XVI: “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”.
Peçamos a graça de conhecer Jesus Cristo, criar intimidade com Ele, para amá-lo e segui-lo.