Santa Brígida mãe e monja

23 de julho
Copadroeira da Europa

Canonizada, em 1391, por Bonifácio IX Santa Brígida é a padroeira da Suécia. Em 1999,foi declarada também copadroeira da Europa por São João Paulo II .

Infância:

Brígida,quando criança tinha certamente um caráter forte e decisivo. Pertencia a uma família aristocrática. Embora sentisse a vocação religiosa,aceitou-se casar-se com Ulf,o governador de um importante distrito do Reino da Suécia,a pedido do seu pai.

Matrimônio:

A primeira parte da sua vida, marcada por uma grande fé,foi dedicada a um casamento feliz,do qual nasceram oito filhos. Uma, dentre eles, Catarina, que a seguia até Roma também foi Canonizada. Junto com seu marido,adotou a Regra das Terciárias Franciscanas e fundou um pequeno hospital.Guiada por um erudito religioso,estudou a Bíblia ,a ponto de ser apreciada por sua pedagogia,por isso foi convocada pelo rei da Suécia para encaminhar a jovem rainha à cultura sueca. Após mais de vinte anos de casamento,seu marido faleceu. Assim, começa a segunda parte da sua vida.

Monja:

Brígida fez uma escolha decisiva: despojou-se dos seus bens e foi viver no mosteiro cisterciense da Alvastra. Naquela época, destacavam-se muitas experiências místicas, depois relatadas nos oitos livros das Revelações. Aqui, também teve início a sua nova missão. Em 1349, Brígida foi a Roma para obter o reconhecimento da sua Ordem, dedicada ao Santíssimo Salvador, que deveria ser composta, segundo seu desejo, de monjas e religiosas. Então,decidiu estabelecer-se na Cidade Eterna,em uma casa na Praça Farnese, que ainda hoje é sede da Cúria Geral das Brigidinas. Porém, sofria por causa dos maus costumes e da degradação generalizada da cidade, que ressentia muito pela ausência do Papa, que,na época, vivia em Avinhão.

Intercessora da Igreja:

O ponto alto da sua missão – como o de Santa Catarina de Sena, sua contemporânea – era pedir ao Papa para voltar ao túmulo de Pedro. Seu único remorso foi o fato de o Papa não ter ficado definitivamente em Roma. Na verdade,em 1367,o Papa Urbano V tinha voltado,mas foi apenas por um breve período. Gregório XI estabeleceu-se, definitivamente,em Roma,mas alguns anos depois da morte de Santa Brígida.

Luta pela paz:

Outro aspecto do forte compromisso de Brígida era a paz na Europa. Naquele tempo,as suas obras de caridade foram decisivas. Ela, que era nobre,vivia na pobreza,a ponto de pedir esmolas nas portas das igrejas. Aquele também era um período de peregrinações a vários lugares da Itália,de Assis a Gargano. Enfim, a peregrinação das peregrinações à Terra Santa. Brígida tinha quase 70 anos, mas isso não influenciou seu desejo.

Espiritualidade da Cruz:

O ponto central de sua experiência de fé foi a Paixão de Cristo, como também a Virgem Maria. Testemunhas disso foram o “Rosário Brigidino” e as orações,ligadas às graças particulares prometidas, por Jesus a ela, para quem os praticasse. Santa Brígida faleceu em Roma,em 23 de julho de 1373. Confiou a Ordem a sua filha Catarina, que ao se tornar viúva,juntou-se a ela, quando vivia em Farfa.

Querida pelos Papas:

São João Paulo II destacou: ” A Igreja,sem se pronunciar sobre cada uma das revelações,aceitou a autenticidade do conjunto das suas experiências interiores”. A figura de Santa Brígida foi muito querida pelos últimos Papas.Bento XVI,por exemplo, dedicou uma catequese durante a Audiência Geral. O Papa Francisco queria canonizar aquela que, no século XX,tinha renovado a Ordem do Santíssimo Salvador, Maria Elizabeth Hesselblad, dando-lhe um forte impulso ecumênico, tendo sempre em vista a busca de paz e unidade,tão queridas por Brígida.

Oração:

Querida Brígida, mãe e monja,intercessora da família e da Igreja, rogai a Deus pelos religiosos assim como pelas famílias. Pedi ao Senhor a conversão da Europa e dos pecadores do mundo inteiro. Amém!
Santa Brígida, rogai por nós!

Anna Maria Oliveira, Pedagoga na Escola Ormi França Araújo na área da Educação Especial. Participa pastoral litúrgica, é campista e catequista de adultos na Paróquia Santa Clara de Candói PR.