Santa Joana D’Arc

Nesta segunda feira, a Igreja nos convida a fazermos memória de Santa Joana D’Arc. Joana nasceu em 1412, num vilarejo muto simples, por nome de Domrémy, que pertencia ao Duque de Lorena, na França. Joana era filha de camponeses trabalhadores. Viveu neste vilarejo toda sua infância. Seu oficio, quanto jovem, era os trabalhos domésticos e pastoriar o rebanho de ovelhas da família. Desde a tenra idade Joana era uma criança de oração. Demonstrava uma piedade, sabedoria e maturidade singular. Sentia-se atraída a contemplação, gostava de subir em lugares altos, porque, segundo ela, ficava mais perto de Deus. Não perdia as celebrações na Igreja, fazendo questão de aprender o catecismo e a doutrina católica na medida do possível. Deus tem grandes planos para cada um de nós, também tinha um chamado especial para a pequena Joana que, aos treze anos de idade, começou a escutar uma voz do fundo do seu coração que lhe orientava para ir “para aguas mais profundas”. Ela mesmo narrou umas dessas experiências: “Quando eu tinha mais ou menos treze anos, ouvi a voz de Deus que veio ajudar a me governar. Eu ouvi a voz do lado direito, quando ia para a Igreja. Depois que ouvi essa voz três vezes, percebi que era a voz de um anjo. Ela me ensinou a me conduzir bem e a frequentar a Igreja”. A um detalhe nesta muito importante nesta fala, voz, que a pequena Joana ouviu; o anjo a ensina ater um autodomínio, um fruto, Dom que o Espírito Santo dá a cada um de nós, basta-nos estar atentos aos sinais deste Espírito em nossa vida. Mais tarde Joana descobriu que era o Arcanjo São Miguel que falava com ela e que ela deveria partir em socorro do rei da França. A pergunta era: o por que? Há setenta anos a França sofria demasiadamente vivendo a chamada ”Guerra do cem anos” . Tal guerra se dava contra a Inglaterra. A França, então um dos grandes países católicos, sofria a tentativa da invasão por parte dos ingleses desde 1337, A França, por su vez, vinha dividida por discórdias internas e queda na moral e na religião. Em 1420 o rei francês perdeu o trono para o rei inglês e a França corria o risco de deixar de existir como país. Más, Deus tem sempre seu tempo. Ao completar 17 anos, a voz de outrora lhe avisou que a hora tinha chegado. Então, a jovem saiu da casa de seus pais e consegui, com a força do Espírito Santo, convencer o Capitão francês chamado Roberto de Baudricourt a leva-la até o rei “não empossado” da França, Carlos VII, que estava em Chinon. Joana dizia ser da vontade de Deus que Carlos recebesse a coroa que ela, Joana, tinha sido Chamada para liderar os exércitos da França na expulsão dos ingleses. Depois de superar grandes dificuldades e desafios, Santa Joana D’Arc chegou a corte real. Era o dia 6 de março de 1429. Para testar a veracidade do que ouvira dizer sobre Joana, o rei disfarçou-se na sala e colocou um falso rei no trono. Quando Santa Joana foi apresentada ao falso rei, não deu a ela nenhuma importância. Imediatamente passou a procurar entre os presentes no recinto até encontrar Carlos, que estava escondendo-se em um canto. Fixando nele o olhar, fez-lhe a devida reverência e disse: “Muito nobre senhor Delfin (rei), aqui estou. Fui enviada por Deus para trazer socorro a vós e vosso reino”. Todos os presentes ficaram assombrados e aclamaram calorosamente a jovem Santa Joana. Depois desse fato, Carlos VII colocou todo seu exército a disposição de Santa Joana. E ela partiu liderando os guerreiros para as batalhas decisivas. A presença dessa Jovem, virgem, cheia de inocência, sabedoria, coragem e fé, impunha grande respeito e dava a todos os soldados com grande ânimo. Com seus conselhos o exército francês nunca perdeu uma batalha, vitórias importantíssimas. Em suas batalhas Joana sempre levava a frente o estandarte com a imagem de Cristo e os nomes: Jesus e Maria. Graças a liderança de Santa Joana, Carlos VII, foi coroado em 17 de julho de 1429. Ela estava lá, a seu lado, portando seu estandarte. Embora alguns territórios estivessem ainda sob domínio inglês, o reino da França tinha sido restaurado graças a Santa Joana D’Arc. Carlos VII, sentindo-se firme e poderoso no trono, esqueceu-se da gratidão que devia dar a Santa Joana e abandonou-a. Ela, por sua vez, cheia do Espírito Santo, continuou a luta, por amor a seu país e para ver seu povo livre dos sofrimentos dos ingleses. Assim, na tentativa de salvar a cidade de Compiégne da mão dos ingleses, ela acabou presa e levada ao tribunal de Inquisição, chefiado por uma autoridade corrupta, que recebera grande soma para condenar a Santa. Assim, a Santa recebeu a pena de ser queimada em praça pública. Aconteceu no dia 30n de maio de 1431, quando tinha apenas dezenove anos. Amarrada, no meio das chamas, com olhos fixos em seu crucifixo, ela entregou sua vida sem esmorecer, cumprindo sua missão e afirmando crer naquela voz do anjo que guiou seus passos e libertou a França através dela.

Santa Joana D’Arc, Rogai por nós!

OREMOS: Ó Deus, que nos alegrais com a comemoração da Santa Joana D”Arc, concedei que sejamos ajudados pelos seus méritos e iluminados pelos seus exemplos de castidade e fortaleza. Por Nosso Senhor Jesus Cristo na unidade do Espírito Santo. Amém.

Fonte:
Cruzterrasanta


Padre Adriano José Cruzeiro, é sacerdote da Congregação dos Oblatos de Cristo Sacerdote. Técnico Agrícola, estudou na Escola Dona Sebastiana de Barros em São Manuel – SP.  Lincenciado em Filosofia pelo Centro Universitário Salesiano – Unisal – Lorena – SP,  Bacharel em Teologia pela Faculdade Dehoniana – Taubaté- SP, Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Salesiano – Unisal – Lorena – SP, e pós-graduando em Direito Matrimonial e Processual Canônico pelo Centro Universitário Claretiano – Batatais – SP.