Ouçam Eu Sou Cristão! São Policarpo, Bispo e Mártir

São Policarpo, Bispo de Esmirna foi mártir por volta do ano 155, 156 depois de Cristo, filho de pais cristãos aprendeu e viveu com muitos que viram o Senhor, sendo Policarpo discípulo de João o evangelista, sendo ainda Esmirna uma das cidades da Ásia para qual São João escreveu o Apocalipse.

Durante seu e episcopado distinguiu-se pelo zelo em conservar a doutrina e a combater heresias, sendo um pregador paciente e amável, com grande zelo amor pelos escravos e viúvas.

São Policarpo, foi amigo de Santo Inácio de Antioquia, onde em sua passagem no caminho de Roma escoltado por soldados para ser julgado, foi acolhido por São Policarpo, onde escreveu cartas a sua Igreja e posteriormente escreveu a Igreja de Esmirna e ao próprio Policarpo.

Quando o Imperador Antônio Pio inicia a perseguição a Esmirna e consequentemente a Policarpo tenta convence-lo pela sua idade avançada já que tinha 85/86 anos de idade a amaldiçoar a Cristo e a queimar incenso ao imperador. Este responde que “por tanto tempo eu o servi e Este não me fez mal algum, por eu havia de trai-lo agora? OUÇAM EU SOU CRISTÃO.”

Portanto pela sua convicção e fidelidade ao evangelho, sem negar a Cristo, foi condenado a morrer queimado em uma fogueira, no entanto quando atearam fogo ele não queimou como carne, mas como se fosse protegido por uma bolha assava como pão sendo uma clara alusão a Sagrada Comunhão, o Pão de Cristo, e quando um soldado lhe perfurou com uma lança o seu sangue derramou e apagou a fogueira.

Sendo assim seu testemunho de fé foi amplamente divulgado pela Igreja encorajando a muitos no momento de seu martírio, foi a partir de São Policarpo que a a igreja começou a celebrar a vida e a morte de seus mártires.

Como é atual o testemunho de São Policarpo para nós hoje, pois vivemos em uma sociedade onde temos toda a liberdade para nos expressarmos, todavia, desde que essa opinião esteja de acordo com as massas, ouse se posicionar de maneira diferente, defender a doutrina da igreja ou uma verdade do evangelho, para sentir as perseguições. Vivemos pelo e segundo as multidões, assim como no evangelho que o Cristo nos leve a um lugar a parte e nos cure de pensamentos mundanos, nos transforme e capacite para lutar pelo Seu reino.

Todos os dias somos expectadores de pensares e atitudes contra os preceitos da igreja, verdades do evangelho, porém “devemos ser tolerantes” “acolhedores” como o próprio Cristo foi… Sim está correto, mas isto é apenas uma meia verdade.

Cristo foi tolerante, misericordioso, e acolheu a todos, porém em todo o seu evangelho percebemos que Ele acolheu o pecador e não o pecado. E Sempre após o contato com o Cristo, aquele que foi acolhido saiu transformado, nascido de novo, mesmo assim Jesus advertia “Vás e não peques mais”. Após o Contato com o Salvador o próprio pecador reconhecia suas faltas e buscava um novo modo de vida no seguimento ao Senhor.

Hoje vivemos um Cristianismo perigoso, onde se acolhe o pecador e o pecado também, o que se é pregado com este cristianismo é que realmente é importante é acolher a todos, pois todos são diferentes e não há uma verdade absoluta, sempre se pode relativizar, é um cristianismo que não reconhece as próprias faltas, e pior ainda é um fé em que justifica o meu modo de viver e pensar, é cada vez mais comum ouvirmos a expressão “sou cristão mais não frequento uma igreja especifica pois todas são boas”, infelizmente se faz da religião um balcão de farmácia onde eu só pego aquilo que é bom e que me serve, aquilo que me incomoda ou vai contra a minha “crença” eu descarto ou deixo de lado, não há um compromisso, uma fidelidade e seguimento, por este motivo se faz cada vez mais necessário dizer EU SOU CRISTÃO E SOU CATÓLICO,  afirmar com convicção aquilo que professamos na oração do Creio durante as missas ou em nossas orações pessoais, mas como é difícil, como dá medo e o quanto isto nos desafia hoje…

À exemplo de São Policarpo que ele nos de força e coragem com seu exemplo para que nós sejamos capazes de amar a nossa igreja, testemunhar em alta voz a nossa fé e que nosso testemunho de vida encoraje outros a testemunharem também o amor de Cristo que se dá através da sua Igreja pelo testemunho dos seus Santos.


Marciliano Camargo de Almeida, natural de Guarapuava-PR, atualmente reside em Santa Maria do Oeste-PR, onde atua como advogado. Fez experiencia vocacional com os Jesuítas, (Companhia de Jesus), onde fez formação e capacitação em espiritualidade Inaciana. Sempre participante e atuante na igreja dando formações, sendo catequista, coordenador de pastorais, e desde 2010 faz parte da liturgia na equipe de canto.