Hoje, dia 11 de setembro, a Igreja nos convida a recordar a vida de São João Gabriel de Perboyre, um homem que assumiu com coragem as frentes missionárias num país cujo os cristãos eram extremamente perseguidos. Enfim, tenho um convite para você: vamos mergulhar no testemunho de vida deste santo?
João Gabriel Perboyre nasceu em 5 de julho de 1802, em Mongesty (França), numa família de humildes agricultores. A família era numerosa e seus pais eram muito piedosos, por isso, educaram todos os filhos de acordo com a moral cristã. Ele era o mais velho de oito filhos do casal, desta maneira, foi educado para seguir a mesma profissão exercida pelo pai. No entanto, João, além de muito inteligente, apresentava-se muito piedoso e todos a sua volta reconheciam isso. Inclusive, todos os conhecidos afirmavam que ele ainda seria padre. E assim, demonstrando desde a tenra infância sua vocação religiosa, aos quatorze anos, juntamente com seus irmãos, Luiz e Tiago, decidiu seguir o exemplo de seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote.
Seu tio, era sacerdote da congregação dos padres lazaristas, fundada por São Vicente de Paula e, por isso, João e seus irmãos ingressaram nesta congregação missionária. No ano de 1826 ele foi ordenado sacerdote. Tendo sido ordenado e demonstrando brilhante inteligência, ficou encarregado de lecionar para os jovens religiosos, depois assumiu como reitor do seminário vicentino, em Paris.
João era um sacerdote admirável, e assim, ensinava os vocacionados através de seu exemplo de vida ascética. Constantemente encontravam-no rezando o rosário pelos corredores do seminário. Apesar de se mostrar sempre alegre, possuía uma vida intensa e recolhida e, por isso, passava muito tempo em seu escritório estudando e rezando.
Havia, entretanto, algo que inquietava João: o antigo desejo de ser missionário. Desde os tempos antigos de seminário ele desejava ardentemente ser missionário nas terras distantes. Neste período seus confrades vicentinos atuavam na China como missionários. E sempre que chegava uma notícia a respeito de um martírio ele exclamava: “quisera eu ser mártir como nosso irmão”.
É sabido que João só aceitou o cargo de reitor e professor do seminário por obediência, e esse cargo era para ele um peso, pois desejava partir como missionário, entretanto, seu sonho era quase uma utopia pois sua saúde era muito débil. Mas como tudo ocorre de acordo com os planos de Deus, um dia esse desejo se tornaria realidade.
Como padre João nunca tinha perdido as esperanças, em 1835, seus superiores, inspirados por Deus, enviaram-no para a China. Alguns meses depois desembarcou em Macau. Neste território português, padre Perboyre foi acolhido por seus confrades de congregação para se dedicar aos estudos da língua e da cultura chinesa. Com sua inteligência, aprendeu em apenas quatro meses o suficiente para assumir a missão. Apesar do país ser anticristão, ele se lançou sem medo na missão. E percorria todos os povoados da região, pregando o evangelho do Senhor e incentivando o povo a conversão dos costumes e a prática evangélica.
Os trabalhos missionários do padre João estava sendo cada vez mais frutífero, entretanto um dia após a missa ele foi capturado e levado para um interrogatório. E depois de ser muito torturado foi condenado a morte pelo império chinês, por professar a Fé Cristã.
João Gabriel Perboyre foi beatificado no dia 10 de novembro de 1889, pelo Papa Leão XIII e canonizado pelo Papa João Paulo II no dia 2 de julho de 1996.
Aprendamos, irmãos, com este santo a sermos determinados em nossas convicções cristas e não ceder as ameaças que atualmente são feitas ao cristianismo.
São João Gabriel Perboyre, rogai por nós.
Eduardo Correia Nassar, é graduado em Filosofia, atua como Ministro Auxiliar da Sagrada Eucaristia e Catequista na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí PR.