Quando o assunto é a santidade dentro da Igreja Católica, uma das características a serem ressaltadas é a devoção à Santa Virgem Mãe de Deus. Não se tem notícia de santo algum que não tenha sido profundo devoto de Nossa Senhora, isto é, todos os santos e santas nutriam uma profunda veneração por ela. E o santo que a Igreja nos convida a contemplar no dia de hoje não foi exceção. Mas afinal, você já ouvir falar em São Maximiliano Maria Kolbe? Vamos conhece-lo um pouco melhor?
Raimundo Kolbe nasceu na Polônia no dia 8 de janeiro de 1894; e pertencendo a uma humilde família levava uma vida normal como a de todos os outros meninos da sua idade. De acordo com sua biografia ele era um menino muito esperto, inteligente e bagunceiro. Entretanto, aos dez anos de idade teve uma visão que mudaria toda sua vida. Mas que visão seria essa?
Sua mãe, através de uma carta aos confrades do filho, expõe com fidelidade o que se passou quando ele tinha apenas dez anos de idade. De acordo com ela, certo dia Raimundo chegou correndo em casa e tremendo contou à ela que Nossa Senhora havia conversado com ele. De acordo com Raimundo, ela era muito linda e luminosa. Tão grande era a beleza da Mãe de Deus que seus olhos se encheram de lagrimas ao contempla-la. Maria estava com duas coroas, uma era branca e a outra vermelha; e explicou que a branca significava a pureza e a vermelha o martírio. Perguntando qual delas ele queria, Raimundo respondeu que as duas. Nossa Senhora com um agradável e tranquilo sorriso desapareceu. A partir desse ocorrido sua mãe relatou que ele mudou muito, se tornou mais obediente e não era mais bagunceiro. Essa mudança ratificou a veracidade da visão.
Sua devoção mariana era admirável, pois além das suas obrigações, recitava diariamente o santo rosário. Seu coração era inteiramente voltado à Deus e à Santíssima Virgem. Por isso, sentia-se chamado à vida religiosa, e assim, após alguns anos de estudo em Roma, ingressou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Conventuais, se tornando o frei Maximiliano Maria Kolbe.
Em 16 de outubro de 1917, junto a alguns frades, criou a Milicia da Imaculada que tinha por ideal conquistar o mundo inteiro para Cristo sob mediação e proteção de Nossa Senhora.
Após os estudos de teologia e breve período que exercendo o ministério de diaconato transitório, tornou-se sacerdote no dia 1º de abril de 1918 na Igreja de Sant’Andrea della Valle, em Roma.
Foi um exemplar religioso e sacerdote, dedicando todas as suas forças a serviço de Jesus através da Santa Igreja. Como um bom cristão e pastor das almas, era muito próximo ao povo. Apesar de seu jeito introspectivo, as pessoas com quem ele tinha contato tinham grande carinho por ele.
Mas em 1939 iniciou a Segunda Guerra Mundial, e o regime nazista com toda impiedade não poupava mosteiros e conventos. Frei Maximiliano, perseguido pelo nazismo, foi preso pela polícia secreta alemã em 17 de fevereiro de 1941 e enviado para um campo de concentração em Auschwitz. Ocorreu que em julho do mesmo ano um prisioneiro conseguiu fugir. Os militares com muita raiva escolheram dez homens para morrer de fome, trancados em uma cela como represália pela fuga.
Os dez homens estavam enfileirados, e um deles começou a chorar e se lamentar dizendo que tinha esposa e filhos. Frei Maximiliano Maria Kolbe se compadeceu e se ofereceu para morrer no lugar daquele homem. Então, os guardas aceitaram seu pedido, e assim o frei, junto aos nove homens, foi enviado a cela.
Todas as vezes que os guardas iam verificar a cela, encontravam frei Maximiliano de joelhos ou rezando o rosário. Neste terrível período, ele sempre exortava aos companheiros de cela a se alegrarem pois estava próxima a data em que entrariam no Reino Celeste.
Após duas semanas seus companheiros haviam morrido, mas ele ainda resistia. Todavia, os guardas queriam esvaziar a cela, por isso aplicaram uma injeção de ácido carbônico. Desta Maneira, enfrentando o Martírio, celebrou sua páscoa.
No ano de 1982 o Papa João Paulo II o proclamou Santo, afirmando que ele era um santo do nosso século difícil.
Aprendamos com São Maximiliano Maria Kolbe, Mártir da Caridade, como o chamou são João Paulo II, a sermos cada dia mais devotos de Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa amável advogada. São Maximiliano Maria Kolbe, intercedei a Deus por nós!
Eduardo Correia Nassar, é graduado em Filosofia, atua como Ministro Auxiliar da Sagrada Eucaristia e Catequista na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Rosário do Ivaí PR.