A Sagrada Escritura nos diz em Gn 2,7 que Deus nos fez do barro. O ser humano era apenas uma obra de arte. Mas Deus deu o sopro da vida nas narinas daquele boneco de barro e, então, a vida se fez.
A vida humana vem do sopro de Deus. E ela consiste num constante respirar e expirar ou seja, puxar e soprar o ar; até mesmo quando dormirmos nós continuamos a realizar esse movimento (respirar e expirar). Soprar, então, significa viver.
Em Lc 23,46 lemos: “Jesus deu um forte grito: ‘Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito’. Dizendo isso, expirou”. Ou seja, Jesus deu seu “último suspiro”.
Queridos (as) leitores (as), nós que recebemos o sopro da vida oferecido por Deus, procuremos viver como filhos (as) de Deus; amemo-nos uns aos outros, pois este é o grande ensinamento deixado por Jesus e que mostra que vivemos como autênticos filhos (as) de Deus. O amor vivido de forma concreta no dia-a-dia é a maneira que temos de permitir que o Sopro de Deus continue a dar vida ao ser humano e à obra criada como um todo. E assim, entregaremos o espírito a Ele com o nosso último suspiro.
Padre Paulo Fernando Francini, presbítero da Diocese de Guarapuava. É natural da comunidade da Água do Macuco de Grandes Rios–PR, atualmente é pároco da Paróquia Santa Clara em Candói-PR. Possui Especialização em Marketing pelo Centro Universitário Internacional – UNINTER. Bacharelado em Teologia pela Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR de Cascavel-PR. Bacharelo em Filosofia pelo Instituto de Filosofia Nossa Senhora da Glória de Maringá-PR.