Sua mãe pode estar atrapalhando seu casamento

Quando escrevi o texto “Quando as folhas estão fracas, é preciso olhar as raízes”, publicado aqui, percorri o caminho que a vida faz para nos trazer ao mundo e mostrei como a relação com a mãe será para sempre sagrada.

Foi a primeira relação que o indivíduo teve com o mundo e tal é a importância dela para a vida, que isso determinará se sua postura no mundo será uma postura para O mais ou para O menos.

Muitos de nós, quando ainda muito pequenos, conhecemos o sofrimento por causa da separação com a nossa mãe. Muitas mães, por despreparo ou falta de experiência com a maternidade, não estavam totalmente disponíveis para seus filhos. Muitas delas acreditavam que era necessário deixar o bebê chorar até se acostumar com o berço ou com o carrinho, para mais tarde não lhes agregar tanto trabalho…

Laura Gutman, no livro O que aconteceu na nossa infância e o que fizemos com isso, diz que “No íntimo de cada bebê tratado assim, provavelmente ficou gravado um trauma.”

E no livro Meditações, de Bert Hellinger, algo muito semelhante, mas mais profundo nos é mostrado, veja esse trecho e essa meditação que transcrevi de lá:

O TRAUMA ORIGINAL

“O fato é que, quase sempre, o abandono e o sentir-se abandonado é um trauma.

E praticamente a maioria de nós tem a experiência de um movimento de entrega a alguém, mas um movimento que não foi possível concluir.

Por exemplo, porque os pais não estiveram presentes. Isso se dá principalmente entre os 3 e os 4 anos, geralmente antes dos 5 anos. O efeito é, que a criança fica desesperada:

_ “Mas onde estão meus pais? Estou perdido?”

Esse é o trauma. No fundo é o trauma original. Todos os traumas que mais tarde vierem nos afetar tem a mesma origem: um movimento que teria sido necessário.

A incapacidade de nos mover desencadeia esse tipo de trauma.

Os tratamentos do trauma, também para traumas posteriores, são na realidade muito simples. Um movimento que naquele momento não foi possível, volta a colocar-se lentamente em movimento, contra todos os medos, até que se possa chegar à meta. Esse movimento traz consigo a cura.

Para o trauma, que denomino trauma original, vale o mesmo.

O movimento interrompido volta a colocar-se em marcha e daí emerge a solução.

MEDITAÇÃO: O MOVIMENTO INTERROMPIDO EM DIREÇÃO À MÃE E SUAS CONSEQÜÊNCIAS

Para olhar mais profundamente isso de que lhes falo, sintonizem-se comigo para realizar essa meditação. Fechem os olhos.

Vamos à nossa infância, para muito atrás, para uma situação como a que acabo de compartilhar com vocês: quando quisemos estar com mamãe ou com papai e eles não estiveram presentes.

Refiro-me àquele momento quando de imediato nos sentimos abandonados.

  • O que ocorreu nesse momento em nossa alma?
  • Que sentimentos houve?
  • Houve raiva, talvez?
  • Houve desespero?

Em seguida, tornou-se necessário o ato de desconectar-se, porque a situação era insuportável e a decisão interna era a seguinte: – Eu me retiro, já que ninguém está realmente disponível para mim. Eu me encontro sozinho, parado sobre meus pés.

Quando a mãe voltava a apresentar-se, permanecíamos retraídos. Já não nos aproximávamos dela.

Repentinamente, temos outra imagem interna sua, uma imagem que está ligada à dor, abandono ou recusa.

Essa imagem é a que então nos acompanha uma vida inteira.

Aqui começa o movimento para O menos em tudo o que fazemos.

Assim, por exemplo, quando a mãe queria aproximar-se de nós, nos retirávamos.

Já não buscamos sua proximidade.

Isso continua através de toda a vida. Uma e outra vez, quando outros estiveram abertos a nós com amor, tínhamos medo e nos fechávamos, fechávamos nosso coração. Em vez de nos aproximar, nos retirávamos.

Isso segue ocorrendo posteriormente, em todos os sentidos.

Por exemplo, na relação de casal. Em vez de nos aproximar, nos afastamos.

Quando o outro se aproxima, nos retraímos.

Tudo é um movimento para O menos. Agora se trata de inverter este movimento e de olhar como solucionar esse trauma.

Isso somente se consegue ali, onde começou tudo: com a mãe.

Quando revisam em vocês mesmos quantas imagens têm de sua mãe, em comparação com aquilo que ela, através de muitos anos, fez por vocês dia a dia, talvez lhes restem umas cinco, todas elas cheias de reclamações ou de recusa.

A cura e o movimento para O mais começam com uma mudança dessas imagens.

Para aí os levo agora. Ajudo vocês a mudar essas imagens e substituí-las por imagens bonitas.

MEDITAÇÃO: O MOVIMENTO DE REGRESSO

Regressamos ao tempo em que aconteceu o trauma e depois, mais atrás ainda, ao tempo antes do trauma em si mesmo.

Voltamos a outras experiências que tivemos com nossa mãe.

Experiências felizes, cheias de confiança, começando com essa imagem: nós, junto a seu peito, sustentados por ela, nutridos por ela, com o olhar em seus olhos, cheios de amor.

E também vamos para outras experiências afortunadas com frequência. Aparentemente são apenas pequenas coisas, nas quais fomos felizes até ficar abobados, porque nos sabíamos seguros e a salvo: na infância feliz.

Com essas imagens damos espaço a essa infância feliz e aos sentimentos ligados a elas, a mãe em todo sentido próxima, amados por ela, sustentados por ela em todos os sentidos. Ela provém daqueles dias em que se necessitávamos algo, ela estava presente em todo momento. Bastava apenas chamar e ela estava ali, sempre.

Permitimos que essa imagem se expanda agora em nossa alma, até que nos preencha por completo. Com essa imagem no coração, olhamos para nossa mãe depois do trauma.

Sustentamos essa imagem.

Deixamos que ganhe espaço por cima da outra imagem, um espaço amplo.

Então, olhamos nos olhos de nossa mãe e nos aproximamos dela com um pequeno primeiro passo, apesar do medo. Tomamos uma nova decisão por cima da decisão antiga e dizemos à nossa mãe: – “Eu venho. Eu venho de volta.”

Damos esse pequeno passo sempre olhando para ela nos olhos. Então, apesar da dor de antes, damos o passinho seguinte.

Novamente esperamos até que tenhamos o sentimento de que somos capazes, realmente capazes de dar o passo seguinte, trazendo à memória as outras experiências prematuras, as experiências felizes. Assim, seguimos lentamente, centrados, passo a passo, até que nos fundimos em seus braços e nos fundimos felizes.”

Para ter sucesso na vida amorosa e na profissão é preciso ver além e por cima desse trauma original. Deixando a satisfação de ter recebido a vida, do jeito que ela veio, sem mais recusas, ganhar espaço dentro de nós.

Eu ajudo pessoas a fazerem esse caminho de cura interior desde 2015, caso você queira ver um pouquinho do meu trabalho, siga-me no Instagram @pormarciaoliveira, no Facebook Márcia Oliveira Visão Sistêmica ou no Youtube Márcia Oliveira Desenvolvimento Humano.

Será um prazer estar mais perto de você: Atenciosamente: Márcia Oliveira


Márcia Oliveira possui quatro Formações em Constelação Familiar e está cursando o nível Avançado nesta área. Fez Formações também em Programação Neurolinguística (PNL), Hipnose Ericksoniana, Psicogenealogia, Eneagrama, Acess Consciencious, Análise de Capacidade Cognitiva e outras Terapias Holísticas.